Representante da África do Sul compartilha experiência de sediar a Copa do Mundo no país no maior congresso de gestão pública

Representante da África do Sul compartilha experiência de sediar a Copa do Mundo no país no maior congresso de gestão pública

BRASÍLIA (6) – Vencer o ceticismo do cidadão de que o país é capaz de sediar a Copa do Mundo é um dos grandes desafios que o governo do Brasil precisa enfrentar na preparação do mundial de 2014. Com a experiência de quem superou a desconfiança da população há dois anos frente a uma Copa desacreditada também pelo resto do mundo, a vice-diretora geral do governo da província de Cabo Oeste (África do Sulk), Laurine Platzky, disse que é preciso eliminar o pessimismo para que o evento dê certo.

“Você não vai fazer nada se não acreditar no que faz”, disse Laurine, durante o 5º Congresso Consad de Gestão Pública que aconteceu de 4 a 6 de junho em Brasília. De acordo com ela, antes do mundial a população estava dividida sobre a importância de sediar o maior campeonato de futebol do mundo, mas que ainda hoje, dois anos depois, a sensação de alegria e de credulidade está em mais de 90% dos cidadãos da África do Sul.

“O mundo não esperava que tivéssemos uma Copa bem sucedida. Pensavam que teríamos um banho de sangue (por causa do apartheid) e o que tivemos foi uma população empenhada e feliz por sediar um evento daquela magnitude”, disse ela, garantindo que um forte trabalho de comunicação ajudou a reduzir o pessimismo.

Laurine Platzky afirmou ainda que a África do Sul teve uma aula de gestão ao preparar o país para a Copa do Mundo com um orçamento enxuto (menos de R$ 1 bilhão) e um cronograma de obras apertado. Para os jogos foram construídos cinco estádios e reformados outros cinco, além de reestruturação dos aeroportos. “A Copa do Mundo não ia resolver a pobreza

da África, era só um campeonato de futebol. Não é preciso ser tão criterioso assim quando se avalia a preparação do evento”, avisa.