Pesquisa calcula custos dos trâmites públicos para a sociedade

O custo burocrático com serviços de emissão de carteira de identidade, matrícula escolar e fechamento de empresas representa um total de R$ 2,1 bilhões, por ano. Número alto para os cofres públicos, mas que pode ser reduzido com a adoção de práticas mais modernas. O dado foi apresentado nesta quinta-feira (06/07), durante o X Congresso Consad de Gestão Pública, em Brasília.

Este ano, o evento tem o apoio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Governo de Brasília, Movimento Brasil Competitivo (MBC) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Nordeste, Conselho Federal de Administração (CFA), Conselho Regional de Administração (CRA), Zetra, Petrocard e Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), KPMG, AZ Tecnologia em Gestão, LinkData, Fundação Ezute, Instituto Publix e Fácil Soluções.

Pesquisa

O estudo é resultado da parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e o Conselho Nacional de Secretários de Estado de Administração (Consad). A pesquisa foi realizada em quatro estados (Bahia, Goiás, Pará e Santa Catarina) e o Distrito Federal.

Defensor de um Estado mais simples e disposto a incorporar padrões tecnológicos em seus processos, o secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Gleisson Rubin, destaca a importância da pesquisa para a modernização da administração pública. “A vantagem de estarmos juntos nesse congresso é promover um alinhamento entre as estratégias dos governos federais e estaduais. A modernização do serviço público se tornou o caminho mais rápido para reconquistarmos a confiança do cidadão, que está abalado por todo cenário econômico e político que temos vivendo”, afirma.

Para o chefe da Divisão de Inovação para o Serviço ao Cidadão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Carlos Santiso, o peso da burocracia, a complexidade e a corrupção tornam o país menos competitivo. De acordo com a pesquisa, o Brasil está em 123º lugar de 190 países com dificuldades de fazer negócios, o que, apesar da qualidade da administração pública, leva a estagnação a nível mundial.

Durante o debate, a modernização foi defendida com a adoção de práticas e ferramentas que aproximem o cidadão dos serviços públicos. “O objetivo é chamar a atenção para a inovação e agilidade na administração pública. Avançamos, mas precisamos simplificar os trâmites para ter a eficiência desejada. O futuro do governo é digital”, destacou a presidente do Consad, Livânia Farias.

Também presentes na plenária, o secretário de Gestão e Planejamento de Goiás e vice-presidente do Consad, Joaquim Mesquita, e o secretário de Administração da Bahia, Edelvino Góes, falaram sobre a importância dessa parceria com o BID e de como esse trabalho será convertido em uma agenda positiva que irá beneficiar os cidadãos. O vice-presidente do Consad defendeu ainda a criação de uma coordenação central que articule todos os serviços públicos na busca da excelência dos serviços prestados.