Estudos tratam da gestão da frota nas frentes de locação, abastecimento e manutenção
As inovações no modelo de gestão da frota de veículos oficiais do Governo de Minas foram apresentadas pelo diretor Central de Administração Logística (Dcal), Marcos Soares, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), no VII Congresso do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), nesta terça-feira (25), em Brasília.
Sobre o tema, três projetos desenvolvidos pela Seplag para reduzir o gasto e melhorar a qualidade sobre a gestão da frota de veículos oficiais fizeram parte de um painel sobre inovações em controle da despesa pública e suprimentos e abrangeram as seguintes frentes relativas ao tema: locação, abastecimento e manutenção.
“Entre os diferenciais da experiência mineira destacam-se o aproveitamento da estrutura interna do Governo, a adequação das boas práticas de mercado às necessidades e realidade da administração estadual, e a definição de modelos únicos capazes de atender às demandas comuns dos órgãos e entidades estaduais”, ressaltou Soares.
Abastecimento
Para a implementação do modelo de abastecimento da frota, foi realizado um estudo de viabilidade para contratação do serviço, que comparou os custos da rede interna de postos de combustível do Estado com os custos associados ao abastecimento em postos de rua, e considerou ainda as normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com a implantação, os postos próprios do Estado passaram a armazenar o combustível de todos os órgãos e entidades estaduais e a abastecer suas respectivas frotas, por meio de um sistema integrado de gestão com controle automatizado do abastecimento.
O modelo foi desenvolvido em 2009 e o processo licitatório finalizado em 2012, quando teve início sua implantação, atualmente em curso. “O objetivo é promover segurança e confiabilidade ao procedimento, além de reduzir os custos e melhorar a gestão sobre a frota do Governo de Minas, composta atualmente por mais de 21 mil veículos. Com esse modelo, os órgãos e entidades adquirem o combustível no atacado a um preço único e inferior ao de varejo”, explicou Marcos Soares.
Todo o ciclo do combustível é controlado, da aquisição ao consumo, por meio de um sistema online de gestão, composto por dispositivos eletrônicos instalados em postos e veículos. O abastecimento só é realizado após a validação do veículo, do condutor e do saldo do órgão, no ato de inserção da mangueira no tanque do veículo.
“Nos últimos anos, vários estados brasileiros têm implantado modelos de gerenciamento do abastecimento de sua frota de veículos por meio de cartões ou dispositivos eletrônicos, mas, em geral, com a rede de postos credenciada. O diferencial de Minas é que o Governo está utilizando sua rede interna de 99 postos, que será ampliada para 113”, afirmou. O artigo é assinado pelo Marcos, em parceria com Vinicius Monteiro, também da Diretoria Central de Administração Logística da Seplag.
Manutenção
Marcos Soares também apresentou a experiência mineira com a contratação do gerenciamento da manutenção da frota de veículos oficiais do Governo de Minas. O modelo adotado representa a quarteirização do serviço. Nele, o Estado contrata uma empresa para o gerenciamento da manutenção por meio de sistema informatizado e equipe especializada. Tal empresa também disponibiliza ao Estado sua rede credenciada com, pelo menos, 174 oficinas, onde ocorrerão as revisões e reparos com o fornecimento de peças.
“Para garantir economia na contratação do serviço de gerenciamento, o procedimento licitatório adotou critérios como maior desconto percentual sobre peças, preço da hora/homem e taxa de administração. O modelo adotado em Minas, além de melhorar a gestão sobre as manutenções da frota oficial, reduz as despesas e orienta as análises de substituição de frota”, ressaltou Marcos Soares. O estudo sobre a manutenção da frota foi feito em parceria com o servidor Leonardo Moura, da Seplag.
Locação
Outro estudo apresentado foi o de terceirização da frota de veículos oficiais, por meio da locação de veículos administrativos, operacionais e de representação. Neste caso, foi realizado um estudo de viabilidade econômica, que comparou os custos totais de veículos locados com os de veículos adquiridos por meio de compra. O estudo apontou a locação de longo prazo (superior a 12 meses) como o modelo mais apropriado para os veículos analisados e embasou o processo licitatório realizado em 2010.
“Com a experiência obtida neste processo, foi possível ampliar a análise realizada, incorporando aos processos seguintes outros modelos de veículos, inclusive operacionais. As ações realizadas em Minas Gerais garantiram contratações econômicas que devem ser compartilhadas”, concluiu o diretor. O artigo sobre locação é assinado pelo superintendente Central de Recursos Logísticos e Patrimônio, Jean Mattos Duarte, e pelos servidores Fernando Brito e Marcos Soares.
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