Estudos mapeiam competências gerenciais nos órgãos do governo

Na tarde desta quarta-feira (27), foi discutido no VIII Congresso Consad de Gestão Pública o Painel 4 “Perfis de competências: subsídios para a seleção e desenvolvimento de liderança no setor público”, que abordou os trabalhos: “Competências gerenciais – o caso da Polícia Rodoviária Federal”; “Mapeamento de competências gerenciais de coordenadores-Gerais e de coordenadores da Secretaria do Tesouro Nacional”; e “Análise de processos seletivos para cargos comissionados no âmbito da Administração Pública Federal”.

A professora da Escola Nacional de Administração Pública, Maria Júlia Britto, abriu as apresentações salientando que “a questão da gestão pública é um desafio que precisa ser enfrentado” e por esse motivo estavam sendo apresentado os estudos desse painel.

Lejandre Bezerra falou sobre as Competências gerenciais – o caso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que tem o objetivo de mapear o gerenciamento da PRF por meio de observação, levantamento de opiniões e aplicação de questionário.

Segundo o estudante, o projeto contou com a participação de servidores de diferentes níveis hierárquicos. “Esse mapeamento participativo ajudou bastante, de modo que conseguimos identificar 30 competências gerenciais e trouxe resultados de qualidade”, lembrou Lejandre. Uma das questões que a pesquisa contribuiu foi para medir o conflito interno nas áreas, de modo a contribuir para a utilização de técnicas de negociação.

Jorge Silva, da Secretaria do Tesouro Nacional, também desenvolveu estudo sobre liderança, com o título: “Mapeamento de competências gerenciais de Coordenadores-Gerais e de Coordenadores da Secretaria do Tesouro Nacional”. O estudo possibilitou mapear os resultados corporativos, de modo a detectar que a comunicação é a competência mais importante para os gestores, seguida do foco em resultado (desenvolver a visão alinhada a estratégia organizacional), liderança (motivar os outros), entre outros.

A última apresentação foi de Isabel Balué, que falou do artigos “Análise de processos seletivos para cargos comissionados no âmbito da Administração Pública Federal”. Nesse estudo, Isabel realizou um questionário entre 120 órgãos e entidades civil da Administração Pública Federal.

A consulta teve 59% de retorno, com 71 respostas. Desse total, 24% afirmaram realizar processos seletivos para cargos em comissão. Porém, não há uma padronização nas seleções. “A administração pública precisa de gestão sobre esse tema. Outros países já fazem sistematização para esse tipo de contratação. Infelizmente ainda há essa lacuna na no Brasil”, pontuou.

Texto: Larita Arêa
Foto: Grupo K