Encontro de Desenvolvimento da Gestão Inovadora – EDGI em Alagoas

Fomenta Bahia oferece capacitação para aproximar micro e pequenas empresas da administração pública.

Capacitar pequenos e micro empresários para ampliar a participação do segmento nas compras públicas. Com esse foco foi aberta a terceira edição do Fomenta Bahia, que acpnteceu nos dias 10 e 11 de abril. Desde 2009, a participação dos empreendedores de pequeno porte nas compras públicas triplicou e, para continuar avançando, o conhecimento da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPE´s) e a capacitação para participação em licitações são os principais desafios.

Em 2012, a expectativa da Secretaria da Administração da Bahia (Saeb) é de ultrapassar os R$ 300 milhões e, possivelmente, chegar a R$ 400 milhões em compras públicas celebradas com micro e pequenas empresas. Desde 2009, o volume de negócios saltou de R$ 136 milhões para R$ R$ 242 milhões em 2011. E a participação das MPE´s, em percentual, no total das compras do Estado, evoluiu de 10,44% em 2009 para 32,02% em 2012, segundo os números computados de janeiro a março deste ano.

Por isso, desde 2009, quando implantou a lei nas compras públicas, a Saeb atua em parceria com o Sebrae na divulgação da legislação e capacitação dos micro e pequenos empresários. Na abertura do evento, realizado na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), o secretário da Administração, Manoel Vitório, destacou a importância de aproximar as MPE´s da administração pública.

Vitório valorizou a parceria com o Sebrae e o convênio firmado com o Sindicato dos Contabilistas do Estado da Bahia (Sindicontas), que permitiu maior articulação junto aos empresários e defendeu a presença de instituições bancárias no processo de expansão dos contratos com as MPE´s. “Precisamos não apenas disponibilizar as oportunidades, mas capacitar os empresários e nesse sentido é importante a articulação com os bancos, porque às vezes falta um capital de giro para essas empresas”, pontuou.

Além disso, outro aspecto destacado pelo superintendente de comércio e serviços da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), Adhvan Furtado – que representou o secretário James Correia – foi a necessidade de organização das empresas em suas entidades de classe. “Fica muito mais fácil para o Governo estabelecer políticas com entidades organizadas”, constatou Furtado, que anunciou “oportunidades claras” de negócios para as MPE´s.

O superintendente do Sebrae na Bahia, Edival Passos, festejou o avanço nas condições para as MPE´s e sugeriu a interiorização do Fomenta Bahia, o que deve ocorrer ainda esse ano com pelo menos mais duas edições fora de Salvador. Segundo Passos, um dos obstáculos para os pequenos empreendedores venderem para o Estado está na própria cultura empresarial. “O mundo empresarial tem uma cultura de vender para eles próprios. Falta domínio técnico para vender para o Estado, devido às exigências legais”, argumentou o superintendente, chamando atenção para as especificidades burocráticas dos contratos celebrados com a administração pública.

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